quinta-feira, 31 de março de 2011

HISTÓRIA PERMANENTE DO CINEMA - A DAMA DO CINE SHANGAI

Palácio das Artes - 24 de Março de 2011


Descrição do Evento


          No mês de março o Cine Humberto Mauro retomou a programação da História Permanente do Cinema. Neste projeto foram apresentadas, todas as quintas-feiras, obras fundamentais da história da sétima arte. Dedicando-se exclusivamente aos clássicos do cinema nacional, entre os filmes reunidos foi apresentado A Dama do Cine Shangai. Um filme de época, que se passa em 1987, onde existe suspense, intrigas e aventuras. O filme é vivido por um corretor de imóveis chamado Lucas (Antônio Fagundes), que conhece Suzana (Maitê Proença), sedutora e misteriosa que é casada com Desdino (Paulo Villaça). Ao decorrer da trama Lucas é acusado de um crime que não cometeu, assim, ele vai à procura do verdadeiro assassino, mas quanto mais provas Lucas encontra, mais o leva a Suzana e Desdino. Mas então ele descobre que Suzana não tem relação com o assassinato e sim com o assassino, então começa ali um romance. Lucas e Suzana correm atrás de sua inocência, e quanto mais eles vão desvendando o mistério, mais querem a morte de Desdino. Um filme que mantém o suspense do inicio ao fim e deixa uma incógnita, afinal Suzana mata ou não Lucas?


Comentário Crítico

         A Dama do Cine Shangai se enquadra no gênero de drama policial, tornando-se um dos filmes mais importantes do cinema brasileiro nos anos 80. Primeira obra prima de Almeida Prado, logo é uma homenagem ao filme The Lady from Shangai (1947) de Orson Welles. Um filme que pode se dizer ‘‘ultrapassado’’, pelo fato de ser mais grosseiro, primário, mais limitado e até de difícil entendimento em relação aos filmes atuais. Mas isso principalmente na concepção dos jovens, que não usufruíram daquela época.Pois, nossas interpretações do real que darão ou não consistência a obra, ou seja, a compreensão deste filme se torna complexa para nós que estamos em pleno século XXl, convivendo com uma cultura completamente modificada. Essa obra cinematográfica nos deu a oportunidade de conviver com o real daquela época, possibilitando outra concepção em relação ao cinema, ao qual dá associações e aventuras que a vida prática não pode oferecer.